O empate com gosto de derrota diante do Central Córdoba, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores 2025, acendeu todos os alertas no Flamengo. O time carioca saiu de campo com um ponto, mas deixou para trás a confiança da torcida e mergulhou em um clima de pressão máxima. Após o jogo, o técnico Filipe Luís não aliviou: assumiu a crise, expôs a queda física e técnica do elenco e afirmou que o time simplesmente não consegue mais pressionar o adversário.
“Temos um time feito para ter a bola. Hoje, perdemos muita bola. Não conseguimos tirar o tempo do adversário. Eles nos empurraram com lançamentos e cruzamentos. Tecnicamente não estivemos bem, e fisicamente também sentimos. Houve muito volume deles, e a gente caiu”, disparou o treinador, visivelmente frustrado.
Com apenas cinco pontos somados em quatro jogos, o Flamengo ocupa a terceira colocação do Grupo C, atrás da LDU e do Central Córdoba, ambos com oito. Para avançar às oitavas, o Rubro-Negro precisa vencer seus dois últimos compromissos, ambos no Maracanã, contra a LDU no dia 15 de maio e o Deportivo Táchira no dia 28. E ainda assim, pode depender de outros resultados.
📌 A análise de Filipe não parou no jogo em si. Ele deixou claro que o problema é mais profundo: falta de confiança, queda emocional e um elenco que sente o peso das últimas atuações ruins. “Futebol é estado anímico. Vínhamos de um bom jogo contra o Corinthians, mas a derrota para o Cruzeiro abalou. Os jogadores sentem. Precisamos recuperar isso urgentemente, porque não dá mais para errar”, afirmou.
Na coletiva, o técnico também explicou algumas decisões que causaram estranheza. A saída de Pedro no intervalo, por exemplo, foi justificada por desgaste físico e rendimento técnico abaixo. “Pedro não estava bem. Vem de sete meses parado, e eu senti que ele não conseguiria pressionar ou atacar os espaços”, explicou.
Sobre não colocar Matheus Gonçalves ou outros nomes ofensivos, Filipe foi direto: “O campo pedia outra configuração. Preferi Luiz Araújo por dentro, abrindo o corredor. Fiz o que achei melhor para o jogo.”
Apesar das críticas e da pressão crescente, o treinador ainda acredita que o time pode reagir. “Fomos nós que nos colocamos nessa situação. Só nós podemos sair. E não tem mais tempo: é vencer ou cair fora. Temos dois jogos em casa. Dois jogos pra provar quem merece vestir essa camisa.”
🟥 A crise está escancarada, a torcida perdeu a paciência e a Libertadores virou uma bomba-relógio. O Flamengo tem duas chances. Se falhar, a queda será histórica — e imperdoável.